quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Empresários da indústria iniciam 2014 menos otimistas, informa CNI

Confiança do empresário encontra-se baixa, acrescenta entidade.
Segundo economista, isso pode ter reflexos no ânimo para investir.


Os empresários da indústria estão menos otimistas no início deste ano - resultado influenciado pela avaliação do setor sobre a situação atual da economia e das empresas e pelas perspectivas para os próximos seis meses.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) somou 53,1 pontos em janeiro, 1,2 ponto abaixo de dezembro do ano passado e 3,6 pontos menor do que no início de 2013, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta-feira (22).
O ICEI é resultado de pesquisa feita com 2.330 empresas de todo o país entre 6 e 16 de janeiro. Os números variam de zero a cem, sendo que valores acima de 50 pontos indicam empresários "confiantes", informou a Confederação Nacional da Indústria.
"Embora acima dos 50 pontos, o ICEI de janeiro é o menor desde julho de 2009, desconsiderando-se os meses de julho e agosto do ano passado, quando a confiança dos empresários foi influenciada pelas manifestações populares. Com os protestos nas ruas, o ICEI de julho caiu para  49,9 pontos e o de agosto ficou em 52,5 pontos. A confiança do empresário encontra-se baixa", avaliou a CNI.
O índice de condições atuais, que revela a percepção dos empresários sobre as condições das empresas e da economia, caiu  para 45 pontos, o que indica, ainda segundo a entidade, que a situação piorou na comparação com os seis meses anteriores.
"A confiança do empresários sobre as condições do negócios foram afetadas por várias notícias ruins: a inflação persistente, o aumento das taxas de juros e a maior preocupação com as contas do governo", avaliou o economista da CNI, Marcelo Azevedo.
Já o índice de expectativas para os próximos seis meses recuou para 57,2 pontos em janeiro deste ano. Mesmo permanecendo acima da linha divisória de 50 pontos, acrescentou a CNI, o indicador mostra que os industriais estão menos otimistas com o futuro.
O economista Marcelo Azevedo observou ainda que a queda vai na contramão do que costuma ocorrer no início do ano, quando o otimismo aumenta, porque as expectativas se renovam. "Isso pode ter reflexos no ânimo dos empresários para investir e prejudicar o desempenho da economia", concluiu.

Fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/01/empresarios-iniciam-2014-menos-otimistas-informa-cni.html  

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