quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Produção da indústria brasileira volta a cair em novembro, diz IBGE.

Recuo de 3,2% no setor de veículos influenciou queda de 0,2% na indústria.
Em setembro e em outubro de 2013, atividade fabril havia crescido 0,6%.


A produção da indústria brasileira voltou a cair em novembro de 2013. Na comparação com o mês anterior, a redução foi de 0,2%, conforme aponta pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira (8). Em setembro e em outubro do ano passado, a atividade fabril havia crescido 0,6%.
Na comparação com novembro de 2012, o setor avançou 0,4%. Esse foi o terceiro resultado positivo seguido nesse tipo de comparação. No ano, de janeiro a novembro de 2013, a produção da indústria subiu 1,4% na comparação com o mesmo período de 2012. Nos últimos 12 meses, a atividade acumula alta de 1,1% – um leve aumento diante de outubro (0,9%).
Em novembro, frente ao mês anterior, a produção caiu em 14 dos 27 ramos da indústria pesquisados pelo IBGE, com destaque para o recuo de 3,2% no setor de veículos automotores – a segunda queda seguida.
"Esse recuo devolveu parte importante do ganho de 9,1% verificado nos meses de agosto e setembro", diz o IBGE em nota.
Também tiveram resultados negativos os setores de máquinas e equipamentos (-3,0%), edição, impressão e reprodução de gravações (-5,3%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (-16%), indústrias extrativas (-3,1%) e produtos de metal (-3,4%).
Na contramão, entre as atividades que tiveram aumento de produção e que mais influenciaram positivamente o índice geral foram as indústrias farmacêutica (9,6%), de refino de petróleo e produção de álcool (4,0%), de outros produtos químicos (3,3%), de metalurgia básica (3,1%), de máquinas para escritório e equipamentos de informática (3,8%), de alimentos (0,5%) e de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (2,7%).
Na análise das categorias de uso, só a de bens de capital (máquinas) mostrou queda em novembro, de 2,6%, na comparação com outubro. Já a produção de bens intermediários (insumos) cresceu 1,2%, enquanto a de bens de consumo duráveis (como carros) teve avanço de 0,3%, mesmo índice registrado pela indústria de bens de consumo semiduráveis (roupas, por exemplo) e não duráveis (alimentos).
Gasolina automotiva
Na comparação com novembro de 2012, a produção industrial avançou em 15 setores, com destaque para o desempenho de refino de petróleo e produção de álcool (10,8%), "impulsionado principalmente pela expansão na produção de gasolina automotiva, óleo diesel e outros óleos combustíveis, álcool etílico e naftas (deirvado de petróleo) para petroquímica".

Também tiveram desempenhos positivos outros produtos químicos (5,3%), máquinas e equipamentos (4,7%), material eletrônico e aparelhos e equipamentos de comunicações (15,8%), entre outros.
Na outra ponta, entre as 12 áreas que tiveram redução da produção, as maiores quedas foram vistas nos ramos de bebidas (-11,2%), edição, impressão e reprodução de gravações (-10,2%) e alimentos (-2,9%), entre outros.
Quando é analisado o desempenho no ano, a pesquisa do IBGE aponta que houve taxas positivas em 16 dos 27 setores pesquisados, com a maior influência partindo de veículos automotores, cuja produção cresceu 9%. 
Também mostraram taxas positivas os ramos de refino de petróleo e produção de álcool (7,7%), de máquinas e equipamentos (6,6%) e de outros equipamentos de transporte (7,8%), entre outros.
Entre os 11 ramos que reduziram a produção em novembro, os principais impactos partiram de edição, impressão e reprodução de gravações (-10,2%), indústria farmacêutica (-8,5%), indústrias extrativas (-3,9%), bebidas (-3,8%) e metalurgia básica (-2,2%).

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