terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Investimento estrangeiro cai, mas ainda segue em 'alta histórica' no Brasil.
Relatório da Unctad/ONU mostra o país como o 7º maior receptor de IED, que é o recurso usado para construir fábricas, infraestrutura e aquisição de empresas.

Os investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil caíram 3,9% em 2013 em comparação com o ano anterior, mas se mantiveram em um nível historicamente alto, segundo um relatório da agência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) divulgado nesta terça-feira.
O Brasil recebeu no ano passado US$ 63 bilhões em IED - que é considerado por muitos economistas o 'investimento bom', já que esse dinheiro vem do exterior para a construção de fábricas, infraestrutura, empréstimos internos feitos por multinacionais e fusões e aquisições de empresas. No ano anterior, havia recebido US$ 65 bilhões.
O relatório da Unctad destaca que os IED subiram 11% no ano em todo o mundo, atingindo US$ 1,46 trilhão. Os países emergentes são os principais recipientes destes recursos - representando 52% do total.
O Brasil caiu da 4ª posição para a 7º no ranking mundial dos maiores recipientes em 2013. O país também teve a pior variação entre os Brics (grupo que reúne ainda a Rússia, a China, a Índia e a África do Sul).
"Ainda assim, essa queda deve ser vista dentro do contexto de forte crescimento nos últimos anos que elevaram os IED no Brasil para altas históricas."
Entre 2000 e 2006, o Brasil recebeu em média US$ 20 bilhões por ano. Desde 2011, a média é três vezes maior - superior a US$ 60 bilhões.
Segundo a Unctad, o Brasil segue uma tendência de queda de IED verificada na América do Sul. O subcontinente viveu nos últimos três anos um 'boom' provocado por altos preços de commodities que estaria chegando ao fim.
"A queda nos preços de commodities parece ter colocado um fim a esse 'boom' de IED, especialmente em países como Chile (com queda de 33% nos investimentos) e Peru (queda de 2%)", diz o relatório.
Na Argentina e no Paraguai, houve queda de 13% e 32%, respectivamente.
Investimento direto x portfólio
No mundo todo, os IED tiveram bom desempenho em comparação com a outra principal modalidade, o investimento em portfólio. Esses recursos são captados no mercado financeiro, com compra e venda de ações em bolsa ou títulos de dívida.


Os investimentos em portfólio tiveram grande volatilidade em 2013, devido ao começo do fim dos estímulos monetários do governo americano para combater a crise econômica mundial. Esse movimento fez o real se desvalorizar mais de 15% ao longo de 2013, segundo dados do relatório.
"O impacto (do fim dos estímulos) foi grande em alguns mercados emergentes, que sofreram forte depreciação do câmbio, queda nas bolsas de valores e fuga de capitais", diz o documento da Unctad.
"No entanto, em contraste aos fluxos internacionais de portfólio que caíram dramaticamente no segundo e terceiro trimestre de 2013, os IED se mantiveram relativamente menos voláteis."
Em Davos, na semana passada, a presidente Dilma Rousseff falou sobre a importância do IED para a economia brasileira e prometeu trabalhar pela "qualidade institucional" e "respeito aos contratos existentes" com empresas privadas que investem no Brasil.
Ela também falou sobre as oportunidades ainda existentes no país para empresas dispostas a investir no Brasil.
"Apenas 47% dos domicílios têm computador; 55% apenas possuem máquinas de lavar roupa automática; 17%, freezer; 8% TV plana, evidenciando o tamanho da demanda ainda a ser atendida e as oportunidades de negócios a ela associadas", disse Dilma a uma plateia de investidores interessados no Brasil.
Em entrevista para a BBC Brasil, o diretor do serviço de pesquisa em mercados emergentes FT Confidential, Richard Lapper, havia dito que o principal desafio da presidente em Davos era fazer com que o pessimismo dos investidores em portfólio com o Brasil não contaminasse o humor de quem promove investimentos estrangeiros diretos.
Por ora, os IED ainda se mantêm em alta no Brasil.
"Mas isso poderia mudar se empresas como Procter & Gamble, Unilever, L'Oréal, Toyota e Ford pararem de acreditar na história do Brasil, e passarem a acreditar que o país vai parar de crescer."
No mais recente boletim Focus do Banco Central, analistas de mercado rebaixaram as previsões de IED para o Brasil em 2014.
Depois de 75 semanas consecutivas prevendo US$ 60 bilhões, eles agora acreditam que haverá uma leve queda para US$ 57,7 bilhões - em meio a temores de que o Brasil possa perder o grau de investimento obtido junto a agências de classificação de risco. Para 2015, a previsão segue sendo de US$ 60 bilhões.
Já a Unctad não faz previsões específicas para cada país, mas estima que os IED continuarão crescendo moderadamente em todo o mundo ao longo de 2014 (14%) e 2015 (12%), graças à recuperação econômica dos países avançados.
Fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/01/investimento-estrangeiro-cai-mas-ainda-segue-em-alta-historica-no-brasil.html  

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Brasil é o Bric com menos participantes em Davos.

País será representado por 34 líderes políticos e empresariais, enquanto a comitiva chinesa é formada por 88 pessoas.


Entre todos os países dos Brics (grupo de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) presentes no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o Brasil é o que conta com menos participantes. São 34 líderes políticos e empresariais, já contando com a delegação da presidente Dilma Rousseff e as desistências dos governadores do Rio de Janeiro e Pernambuco, Sérgio Cabral e Eduardo Campos.
Entre os participantes do setor privado estão a presidente da Petrobras (empresa parceira do evento), Graça Foster, e os presidentes do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, da Anheuser-Busch InBev, Carlos Brito, do grupo ABC, Nizan Guanaes. Outro brasileiro ilustre que estará no evento (mas fora da delegação brasileira) é Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

No caso da China, são esperados 88 participantes. Já os indianos devem somar 124, enquanto os russos serão 76. Os sul-africanos, por sua vez, serão 59. Apesar das delegações, nenhum dos países do bloco, à exceção do Brasil, enviarão seus chefes de estado.
A abertura oficial do Fórum Econômico Mundial acontecerá na noite desta terça-feira. Já os debates e painéis ocorrerão a partir da manhã de quarta-feira até sábado. O discurso da presidente Dilma em Davos será às 14h15 de sexta-feira (11h15 no horário de Brasília).
Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/economia/brasil-e-o-bric-com-menos-participantes-em-davos  
Dilma sanciona Orçamento de 2014.

Receitas da União são estimadas em R$ 2,488 trilhões de reais. O superávit primário calculado é de R$ 167,3 bilhões
A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei do Orçamento da União para este ano, com receitas estimadas em 2,488 trilhões de reais, de acordo com os dados publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira.
Segundo a lei, a receita total estimada no Orçamento Fiscal e no da Seguridade Social é de 2,383 trilhões de reais, incluindo o valor proveniente da emissão de títulos destinada ao refinanciamento da dívida pública federal, interna e externa. O total das despesas previstas também é o mesmo.
O Congresso Nacional havia aprovado em dezembro o Orçamento de 2014, levando em consideração a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,8%, inflação de 5,8% e salário mínimo de 724 reais para o próximo ano. Na sequência, Dilma vetou alguns pontos da lei com obrigações de despesas para o Executivo, como, por exemplo, a reconstrução da Estação Comandante Ferraz, na Antártida – cuja licitação atrasou, adiando a obra por ao menos mais um ano – e dotações orçamentárias que, no entender do governo, poderiam prejudicar as finanças públicas e o alcance da meta do superávit primário. 
O Orçamento também calcula o superávit primário do setor público em 167,3 bilhões de reais em 2014, 3% do Produto Interno Bruto (PIB), com hipótese de abater 58 bilhões de reais relativos ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a desonerações tributárias.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/economia/dilma-sanciona-orcamento-de-2014  
Empresários da indústria iniciam 2014 menos otimistas, informa CNI

Confiança do empresário encontra-se baixa, acrescenta entidade.
Segundo economista, isso pode ter reflexos no ânimo para investir.


Os empresários da indústria estão menos otimistas no início deste ano - resultado influenciado pela avaliação do setor sobre a situação atual da economia e das empresas e pelas perspectivas para os próximos seis meses.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) somou 53,1 pontos em janeiro, 1,2 ponto abaixo de dezembro do ano passado e 3,6 pontos menor do que no início de 2013, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta-feira (22).
O ICEI é resultado de pesquisa feita com 2.330 empresas de todo o país entre 6 e 16 de janeiro. Os números variam de zero a cem, sendo que valores acima de 50 pontos indicam empresários "confiantes", informou a Confederação Nacional da Indústria.
"Embora acima dos 50 pontos, o ICEI de janeiro é o menor desde julho de 2009, desconsiderando-se os meses de julho e agosto do ano passado, quando a confiança dos empresários foi influenciada pelas manifestações populares. Com os protestos nas ruas, o ICEI de julho caiu para  49,9 pontos e o de agosto ficou em 52,5 pontos. A confiança do empresário encontra-se baixa", avaliou a CNI.
O índice de condições atuais, que revela a percepção dos empresários sobre as condições das empresas e da economia, caiu  para 45 pontos, o que indica, ainda segundo a entidade, que a situação piorou na comparação com os seis meses anteriores.
"A confiança do empresários sobre as condições do negócios foram afetadas por várias notícias ruins: a inflação persistente, o aumento das taxas de juros e a maior preocupação com as contas do governo", avaliou o economista da CNI, Marcelo Azevedo.
Já o índice de expectativas para os próximos seis meses recuou para 57,2 pontos em janeiro deste ano. Mesmo permanecendo acima da linha divisória de 50 pontos, acrescentou a CNI, o indicador mostra que os industriais estão menos otimistas com o futuro.
O economista Marcelo Azevedo observou ainda que a queda vai na contramão do que costuma ocorrer no início do ano, quando o otimismo aumenta, porque as expectativas se renovam. "Isso pode ter reflexos no ânimo dos empresários para investir e prejudicar o desempenho da economia", concluiu.

Fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/01/empresarios-iniciam-2014-menos-otimistas-informa-cni.html  
Percentual de famílias endividadas sobe em janeiro, diz comércio.

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (22) mostra que 63,4% das famílias brasileiras estavam endividadas em janeiro. O índice é 1,2 ponto percentual maior do que o registrado em dezembro (62,2%), segundo os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A pesquisa leva em consideração dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.
Na comparação com janeiro de 2013, também houve alta. Naquele mês, o índice de endividamento, segundo a mesma pesquisa, era de 60,2%.

Menos dívidas em atraso

Apesar da alta do percentual de famílias endividadas, o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso recuou 1,3 ponto percentual na comparação mensal, passando de 20,8% para 19,5% do total.
Também houve queda de 1,7 ponto no número de famílias inadimplentes em relação a janeiro de 2013, quando esse indicador alcançava 21,2% do total.
O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso apresentou estabilidade nas duas comparações.
"O efeito sazonal dos ganhos com o 13º salário continuou influenciando positivamente esse resultado. Houve, também, melhora na percepção das famílias em relação à sua capacidade de pagar seus débitos em atraso. Na comparação anual, a melhora no perfil de endividamento permitiu que os indicadores de inadimplência recuassem, apesar do maior nível de endividamento", diz, em comunicado, Marianne Hanson, economista da CNC.

Fonte:http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/01/22/percentual-de-familias-endividadas-sobe-em-janeiro-diz-comercio.htm#fotoNav=1 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Brasileiros investem em geradores de energia e pensam em economia.

Produzir a própria energia está se tornando um bom negócio no Brasil.
É possível ter bons descontos ou mesmo deixar de pagar a conta de luz.


Produzir a própria energia está se tornando um bom negócio no Brasil. Já tem gente ganhando desconto na conta de luz. Se a fonte for limpa e renovável, como o sol ou o vento, é possível ter excelentes descontos ou mesmo deixar de pagar a conta de luz.
Isso é possível no Brasil desde o ano passado, quando a Aneel regulamentou as regras da Microgeração Distribuída de Energia.
Quem instalar, por exemplo, placas fotovoltaicas ou aerogeradores no telhado ou no quintal de casa, e produzir em algum momento mais energia do que consome, poderá fornecer o excedente para a distribuidora local.
Um equipamento registra a quantidade de energia gerada pela residência. O excedente é convertido em reais que viram desconto na conta de luz e ela pode sair até de graça.

Por duas placas solares no telhado, o casal que vive no Rio de Janeiro pagou R$ 6,5 mil, incluindo instalação. Graças ao sol será possível ligar televisão, geladeira e as muitas luzes da sala. “Em sete ou oito anos, a gente acredita que se paga. A vida útil das placas é de 25 anos. Então a gente ainda tem esse excedente todo de tempo pra até no futuro estar investindo em mais placas e contribuindo com geração de energia para a rede da Light e barateando ainda mais a nossa conta de luz”, diz Diana Frajtag, dona da casa.

O proprietário de outra casa em Brasília foi mais longe. Investiu mais de R$ 100 mil em uma micro-usina solar. São 40 placas fotovoltaicas, o suficiente para abastecer cinco residências típicas de classe média no Brasil. “Se o sol é forte, você consegue produzir mais energia do que você consome. Essa energia vai para o sistema de distribuição. Mais tarde, especialmente de noite quando não tem produção de energia, aí passa a receber a energia. É um sistema de crédito e débito. Você produziu mais, gera um crédito. Você consumiu, consome esse crédito. Só por conta desse mecanismo que a legislação federal possibilitou é que eu me animei a comprar e instalar todo esse sistema aqui em casa”, explica Luis Alberto Bettiol.
Produzir energia eficiente para abastecer a própria casa ou empresa tem justificado o aparecimento de novos negócios no Brasil. Em uma pequena fábrica em Maricá, a aproximadamente 40 quilômetros do centro do Rio de Janeiro, já foram fabricadas e vendidas mais de 500 microturbinas de vento de um modelo convencional, que parece um ventilador de teto maior. Agora a grande vedete da linha de montagem é uma microturbina vertical. A grandde vantagem dela é captar diferentes correntes de vento a partir de um mesmo ponto.

“Nós trabalhamos com vários nichos de mercado. Nas telecomunicações é importante para gente, o uso em plataformas de petróleo e terminais é, começa a ficar significativo para a gente. Nós temos uma clientela espetacular nas universidades, nós estamos presentes em 60 universidades, o nosso público é quem precisa de energia ou quer gerar sua própria energia”, diz Luiz Cezar Pereira, diretor executivo da Enersud.

A fábrica produz 12 turbinas por mês. O custo varia de R$ 4,5 mil para os modelos menores e até R$ 45 mil, para os aerogeradores capazes de abastecer até três residências de uma só vez.
Um dos primeiros clientes foi o aposentado Edson Eduardo Weissinger. A energia do vento é armazenada em baterias que asseguram metade da energia consumida na casa. “A região aqui é muito deficiente no atendimento de energia elétrica. Falta muita luz aqui. Então este aparelho nos dá a satisfação de ter no momento de falta de luz a minha casa está toda iluminada. Além disso, tem aproveitamento de energia elétrica para aparelhos eletrodomésticos. Seja micro-ondas, seja liquidificador, batedeira. Devo economizar em torno de R$ 200 a R$ 250 do aparelho”.
Pelas contas da Aneel, existem hoje 39 micro-geradores de energia oficialmente registrados. Vinte projetos solares, dezoito projetos eólicos e um de biomassa. Outros 100 projetos estão em fase de implantação.

“Nossa expectativa é que nos próximos cinco anos a gente tenha ai em torno de 30 mil pontos instalados no Brasil todo”, acredita Carlos Alberto Mattar, superintendente de regulação dos serviços de distribuição de energia elétrica da Aneel.
Trinta mil pontos de micro-geração equivaleriam a 2,5 gigawwats de potência, o suficiente para abastecer uma população de aproximadamente um milhão de pessoas. Um país em que a população passa a produzir a energia que consome e ainda se beneficia disso. O Brasil do futuro começa a virar realidade.
Pesquisas em ciência, tecnologia e inovação serão destaque

Pesquisa terá destaque este ano no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), disse o secretário executivo da pasta, Luiz Antonio Elias

Rio de Janeiro – A pesquisa básica terá destaque este ano no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), disse à Agência Brasil o secretário executivo da pasta, Luiz Antonio Elias. Segundo ele, o ministro Marco Antonio Raupp determinou que até o início de 2014 seja divulgado o novo edital dos institutos nacionais de Ciência e Tecnologia, já que considera a iniciativa importante para as redes de excelência nessa área.
O edital visa à renovação e à formação de novos institutos nacionais de ciência e tecnologia, que desenvolvam pesquisas em áreas consideradas estratégicas para o país, como biotecnologia e mudanças climáticas, por exemplo.
O secretário avaliou que o número de doutores brasileiros e a quantidade de publicações científicas têm crescido nos últimos anos, mas os investimentos no setor no Brasil são considerados recentes, quando comparados ao que ocorre em países como os Estados Unidos, por exemplo. “Nós estamos fazendo o dever de casa, não só ampliando consideravelmente a parte de pesquisa, mas melhorando também a infraestrutura laboratorial e aumentando os novos campi”.
Elias lembrou que a presidente Dilma Rousseff determinou que fossem ampliados e descentralizados os eixos das universidades, dentro das regiões metropolitanas, para que elas chegassem ao interior do Brasil e citou a parceria com outros órgãos do governo.
“Isso está sendo feito. Por outro lado, estamos casando muitos recursos com o Ministério da Educação, que tem sido um parceiro muito positivo na estruturação de políticas de atendimento tecnológico e na área de pesquisas básicas e de formação de recursos humanos”, assegurou Elias.

Brasil continuará com desemprego acima de média global até 2016, diz OIT


O desemprego no Brasil deverá continuar acima da média mundial pelo menos até 2016, segundo previsões da Organização Mundial do Trabalho (OIT) divulgadas nesta segunda-feira.


As estimativas preliminares da organização, incluídas no relatório Tendências Mundiais do Emprego 2014, indicam que a taxa de desemprego global atingiu 6% da população economicamente ativa mundial no ano passado, se mantendo estável em relação a 2012.



No Brasil, a OIT acredita que a taxa de desemprego atingiu 6,7% em 2013, cairá levemente neste ano para 6,6%, e chegará a 6,5% em 2015 e também em 2016. Já o índice global de desemprego deverá ser em média de 6,1% entre 2014 e 2016, nas previsões da organização.



Caso a projeção da OIT se confirme, o Brasil será o único país entre os integrantes do Bric (grupo formado por Brasil China, Índia e Rússia) a ter taxas de desemprego acima da média mundial pelos próximos dois anos.



Na China, o índice deve totalizar 4,6% em 2013 (e 4,7% neste ano). Na Índia, a taxa preliminar estimada é de 3,7% no ano passado (e de 3,8% em 2014), e, na Rússia, segundo os cálculos da OIT, o desemprego afetou 5,8% da população ativa em 2013.



Jovens



Segundo os últimos números oficiais disponíveis, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,4% no segundo trimestre de 2013. Até novembro, o desemprego acumulava alta de 4,6%.



Para este ano e o próximo, o FMI já havia divulgado estimativas mais otimistas do que as da OIT. Para o Fundo Monetário Internacional, o índice deve fechar este ano em 5,8% (portanto, abaixo da média global da OIT) e, em 2014, em 6% (exatamente a média de 2013).



Por sua vez, consultorias como a LCA e a Tendências prevêem uma taxa de desemprego neste ano de no máximo 5,7% neste ano.



O estudo da OIT afirma que o Brasil possui um alto índice de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam ou fazem cursos profissionalizantes e, ao mesmo tempo, também não estão empregados: 18,4% das pessoas nessa faixa etária.



Em todo o mundo, 74,5 milhões de jovens com menos de 25 estariam desempregados. A taxa mundial nessa faixa etária atingiu 13% no ano passado, mais do que o dobro da média global de 6%, que inclui todas as idades.



Segundo a OIT, o número de novos desempregados aumentou em 5 milhões no mundo no ano passado, totalizando 202 milhões de pessoas sem emprego.



O leste e o sul da Ásia representam mais de 45% dos novos desempregados no mundo em 2013, seguidos pelo África subsaariana e pela Europa.



Na América Latina, o número de novos desempregados em 2013 ficou pouco abaixo de 50 mil, o que representa apenas cerca de 1% da alta mundial.



Déficit mundial



"A fraca retomada econômica mundial não suscitou a melhora dos mercados de trabalho. O crescimento do emprego permanece fraco e o desemprego continua aumentando, sobretudo entre os jovens", diz o relatório.



"Vários setores registraram lucros, mas eles foram investidos nas bolsas e não na economia real, prejudicando as perspectivas de emprego no longo prazo", afirma a OIT.



Outro aspecto importante destacado pelo relatório é o número de quase 23 milhões de pessoas que "abandonaram" o mercado de trabalho desde o início da crise financeira mundial, em 2008, "desencorajados" pela falta de propostas.



A OIT afirma que o "déficit mundial" de empregos ligado à crise continua aumentando desde 2008 e já totalizava, no ano passado, 62 milhões (32 milhões de novos desempregados, 23 milhões de "desencorajados" que desistiram de procurar um emprego e 7 milhões de inativos - que nem chegaram a procurar um trabalho.



"Segundo as tendências atuais, o desemprego mundial deverá se agravar, ainda que progressivamente, e ultrapassar 215 milhões de desempregados em 2018", diz o estudo. Ou seja, 13 milhões de novos desempregados nos próximos quatro anos.



"Nesse período, cerca de 40 milhões de novos empregos vão ser criados a cada ano, o que é inferior aos 42,6 milhões de pessoas que deveriam ingressar, anualmente, no mercado de trabalho", afirma a OIT.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Brasil tem 61 milhões de pessoas que podem trabalhar, mas não procuram emprego

Desemprego pode ser muito maior caso essa população queira disputar uma vaga

O Brasil tem 61,3 milhões de pessoas fora da força de trabalho, ou seja, que não estão trabalhando e tampouco procuram uma ocupação.
Todas elas têm 14 anos ou mais — são as chamadas “pessoas em idade de trabalhar” — e representam 38,5% de todo o contingente apto a integrar o mercado de trabalho (159,1 milhões de pessoas).

São vários os motivos para não se integrar o mercado, e um deles é a idade. Se forem excluídos os menores de 18 e os maiores de 60 anos, ainda sobram 29,8 milhões de pessoas. Essa parcela pode ter desistido de procurar emprego; ou ser amparada por benefícios sociais; ou nem sequer quis procurar.

Caso esses 61,3 milhões queiram entrar no mercado de trabalho e disputar as vagas existentes, a taxa de desemprego do País será muito maior do que a taxa de 7,4% (7,3 milhões), divulgada pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na última sexta-feira (17). Os dados são referentes ao segundo trimestre de 2013.

Grande parte desses potenciais trabalhadores está localizada no Nordeste, com 43,9% do total.  As regiões Sul (35,7%) e Centro-Oeste (34,8%), por outro lado, têm as menores taxas.

A imensa maioria dessa população fora da força de trabalho são mulheres — 66,7%.


No Nordeste, taxa de desemprego chega a 10%

Desocupação em região menos desenvolvida e com população grande preocupa economistas
A desagregação dos novos dados do mercado de trabalho do Brasil pelas cinco grandes regiões mostrou um País de diferentes realidades em termos de emprego. Na Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios) Contínua, o retrato é de uma dinâmica mais aquecida nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, enquanto Norte e Nordeste ficam com as mais altas taxas de desemprego.
No caso do Nordeste, a desocupação era a condição de 10% das pessoas que estavam na força de trabalho no segundo trimestre do ano passado.
"É uma taxa bem mais alta. Mostra e confirma que realmente o mercado de trabalho é bem pior (do que a média nacional)", avalia o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), João Saboia.
A taxa de desemprego do Brasil em igual período ficou em 7,4%.
Apesar de acreditar que o mercado de trabalho nordestino, ainda assim, apresenta evolução em relação a anos anteriores, Saboia ressaltou que é um dado negativo para o País.
— É uma região onde a economia é menos desenvolvida, e a população é muito grande.
Na visão do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e sócio-diretor da consultoria Nobel Planejamento, a amplitude entre as taxas do Sul e do Nordeste, por exemplo, reflete problemas econômicos e sociais.
— Você tem bolsões de desenvolvimento estrutural que você não consegue resolver assim tão de repente, principalmente no interior.
A explicação para essa discrepância pode estar nas atividades dessas regiões. Para o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da FGV (Fundação Getulio Vargas), o fato de o comércio e os serviços, principais setores empregadores no País, ainda não serem tão desenvolvidos nas Regiões Norte e Nordeste pode dificultar a população desses lugares na busca por um trabalho.
O economista Carlos Henrique Corseuil, diretor adjunto de Estudos e Políticas Sociais do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), lembrou que, na PME, as duas regiões metropolitanas do Nordeste (Recife e Salvador) costumam ter desemprego maior — o que diminuiu a surpresa com os dados informados na última sexta-feira (17).
Para a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a discrepância entre as regiões é uma característica do mapa do emprego no País.
— As diferenças regionais fazem parte da estrutura do mercado de trabalho brasileiro.
A Pnad Contínua apontou que, no segundo trimestre do ano passado, a taxa de desocupação no Norte era de 8,3%. Enquanto isso, o Sul teve a menor taxa de desocupação entre as grandes regiões. No período, 4,3% da população dentro da força de trabalho estava desempregada.
As taxas de desocupação no Sudeste (7,2%) e no Centro-Oeste (6%) também ficaram abaixo da taxa média nacional.
Cultura
Além dos desafios socioeconômicos vividos pelas regiões Norte e Nordeste, os indicadores também retratam um Brasil de diferentes culturas. O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, destacou que a participação das mulheres no mercado de trabalho é maior na Região Sul.
— Trata-se de uma questão cultural.
Lá, as mulheres são 44% do total de pessoas ocupadas.
Já no Nordeste, as mulheres representam 40,7% das pessoas que têm emprego, só perdendo para o Norte, onde o porcentual é de 38,9%.
— A participação das mulheres no mercado de trabalho é menor nessas regiões.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.


Estados e municípios perderam cerca de R$ 23 bi com desonerações do IPI

Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, essa foi a perda desde 2009 do Fundo de 

Participação dos Municípios e do Fundo de Participação dos Estados

A desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para sonhos de consumo, como o carro e a máquina de lavar roupa, foi adotada em caráter provisório para combater uma eventual retração da economia a partir da crise financeira de 2008. Boa parte da renúncia fiscal, porém, permanece até hoje, encolhendo o caixa não apenas da União. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a desoneração do IPI desde 2009, já incluindo a estimativa de 2014, provocou uma perda de R$ 23,5 bilhões a Estados e municípios.
O ministro Guido Mantega defende a desoneração como uma alternativa positiva para elevar o consumo, reverter a retração dos setores beneficiados e preservar empregos - o que, por tabela, no médio prazo, aqueceria a economia e levaria ao aumento da arrecadação, anulando a renúncia fiscal.
Não foi o que identificou a CNM. Estados e municípios perderam recursos por meio dos fundos criados para a União compartilhar o IPI. O Fundo de Participação dos Estados, que recebe 21,5% do IPI, perdeu R$ 12,4 bilhões. O Fundo de Participação dos Municípios, que fica com 23,6% da arrecadação, tem uma retração estimada em R$ 11,1 bilhões.
"Foi dinheiro que deixou de ser investido na melhoria da infraestrutura e em serviços básicos: só a saúde perdeu R$ 4 bilhões", diz Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.
Insustentável. Na avaliação de Raul Velloso, especialista em contas públicas, há um prejuízo ainda maior, que ainda não foi bem avaliado. Velloso concorda que desonerações deveriam ser bem-vindas, pois aliviam o peso da enorme carga tributária do Brasil. Mas, segundo ele, como o gasto público é engessado por várias obrigações, cortes aleatórios tendem a trazer mais prejuízos do que benefícios.
Velloso identificou que o crescimento das receitas e das despesas era quase igual até 2008,cerca de 9% ao ano. À medida que a desoneração ganhou espaço, a receita continuou a crescer, mas abaixo da expansão das despesas. Nos 12 meses fechados em novembro de 2013, a receita cresceu 2,6%, abaixo dos 6,1% de alta das despesas.
"Não é possível que o governo não tenha percebido que a desoneração, sem corte de gastos, é insustentável e coloca em risco a solvência do País, pois afeta não apenas a União, mas também Estados e municípios", diz Velloso.


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Liberação de trigo argentino beneficia o Brasil


Após um ano de restrição às exportações de trigo, o governo argentino autorizou ontem o embarque imediato de 500 mil toneladas do cereal e sinalizou que mais 1 milhão de toneladas devem ser habilitadas gradualmente.
A notícia chega em um bom momento para o Brasil, que até julho precisará importar cerca de 4 milhões de toneladas, segundo Lucílio Alves, pesquisador do Cepea. O volume equivale a cerca de 35% da demanda anual.
A Argentina é, tradicionalmente, o maior fornecedor de trigo para o país, que precisa importar pelo menos metade do consumo interno. Com a ausência do vizinho no ano passado, os moinhos precisaram recorrer a outros produtores, como EUA e Canadá.
Essa movimentação, aliada à alta do dólar e à quebra da safra brasileira, encareceu o trigo no país. Mesmo com a isenção da TEC (Tarifa Externa Comum), válida até 30 de novembro, o trigo do hemisfério Norte chega mais caro ao Brasil por causa do frete.
O consumidor sentiu no bolso: a farinha de trigo subiu 30% em 2013, e o pão francês, 15%, segundo o IPCA, índice de inflação do IBGE.
Na safra atual, comercializada neste momento, a produção de trigo apresentou um crescimento de 25%, mas a expectativa é de estoques apertados ao fim de julho.
Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), eles armazenarão 834 mil toneladas, o equivalente a um mês de consumo.
Além disso, boa parte do trigo disponível, produzido no Rio Grande do Sul, não é adequada para a produção de pães, o que aumenta a necessidade de importações.
"A liberação de exportações de trigo argentino ajuda a frear altas nas cotações e a abastecer regiões mais necessitadas", afirma Alves.
O tamanho do impacto no mercado brasileiro dependerá, no entanto, do fluxo de liberações das cargas argentinas e da taxa de câmbio.
A expectativa dos moinhos brasileiros é que as exportações argentinas sejam superiores às sinalizadas pelo governo, entre 2,5 milhões e 3 milhões de toneladas, segundo Lawrence Pih, presidente do Moinho Pacífico.
Para ele, a safra argentina superará 10 milhões de toneladas, ante a expectativa do governo de 9,2 milhões de toneladas, e haverá excedente para exportação.
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Proibição O governo da Indonésia, principal produtor mundial de níquel, decidiu banir a exportação do mineral em bruto e só autorizar o embarque do material já refinado. O objetivo é estimular o processamento no país.
Reação O anúncio provocou uma alta de 2% no preço à vista do níquel, em Londres, para US$ 13.980 por tonelada. Para analistas, a medida pode contribuir para levar o mercado mundial a um deficit no próximo ano.
Recuperação? O Cecafé, que reúne exportadores de café, espera alta de 5% nos embarques, em volume, em 2014. Nos primeiros sete dias úteis deste ano, porém, eles caíram 10% ante igual período de 2013, segundo o Mdic.
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Seca reduz potencial da soja em Mato Grosso do Sul
O clima quente e seco em algumas regiões produtoras de soja pode afetar o potencial da safra que começa a ser colhida. Segundo a AgRural, os maiores problemas estão em Mato Grosso do Sul, mas ainda estão longe de sinalizar uma quebra de safra.
No sul do Estado, que já sofria com a escassez de chuva desde o início da safra, produtores estimam perda de 20% a 30% na produtividade, informa a consultoria.
Também há relatos de perdas no norte do Paraná, onde as lavouras chegaram a ficar 30 dias sem chuvas, e no sudoeste de Goiás.
Já em Mato Grosso, líder em produção de soja no país, o clima contribui para o bom rendimento da safra. Segundo o Imea, a colheita no Estado atingia 1,9% da área total na sexta-feira passada.
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Cargas
Portos do Paraná têm recorde em 2013
Pelo terceiro ano consecutivo, os portos de Paranaguá e de Antonina, no Paraná, registraram recorde na movimentação de cargas. Segundo dados divulgados ontem, foram mais de 46,1 milhões de toneladas movimentadas em 2013. O volume é 3,6% superior ao registrado no ano anterior.

BC começa hoje primeira reunião do ano para definir taxa básica de juros


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa, na tarde desta terça-feira (14), a primeira reunião de 2014 para discutir se mantém o processo de aumento da taxa básica de juros (Selic), que teve início em abril do ano passado, quando estava em 7,25% ao ano. De lá para cá, a Selic foi elevada em 2,75 pontos percentuais, chegando aos 10% atuais.
Foram seis reajustes seguidos e, se depender da expectativa dos analistas de instituições financeiras, expressa no boletim Focus, divulgado na segunda-feira (13) pelo BC, a tendência é o Copom subir a taxa de juros em mais 0,5 ponto percentual.
A decisão será anunciada na noite de quarta-feira (15), quando terminar a segunda etapa da reunião.
As reuniões do Copom ocorrem em intervalos de 45 dias, sempre em duas etapas, para fixar a taxa média dos financiamentos diários dos títulos federais, depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Por extensão, a taxa básica de juros é conhecida também como Selic.
Hoje, os chefes de Departamento do BC analisam a conjuntura doméstica sobre as variáveis macroeconômicas, com foco na avaliação das tendências de inflação. Amanhã, os diretores de Política Monetária e de Política Econômica apresentam alternativas de taxa de juros de curto prazo para deliberação dos demais diretores. Só o colegiado de diretores tem direito a voto.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014


Mercado espera inflação de 6% em 2014

Analistas de mercado e economistas esperam uma pressão mais forte da inflação neste ano em relação a 2013.
No ano passado, o índice oficial de preços, IPCA, fechou acima do previsto e frustrou a meta informal do governo de entregar inflação abaixo do ano anterior. A expectativa é que o índice avance mais em 2014, para 6%, se aproximando ainda mais do teto da meta do governo, de 6,5%.
A previsão consta de levantamento do Banco Central com cerca de cem instituições financeiras, o boletim Focus, divulgado semanalmente. No último levantamento, os analistas esperavam uma inflação de 5,97% neste ano.
O IBGE divulgou na última semana que o IPCA de 2013 ficou em 5,91%, acima do ano anterior, impactado sobretudo pelos alimentos.
Os sinais de maior pressão neste ano ficaram evidentes no resultado de dezembro. Foi o maior índice para o mês desde 2002, com impactos da gasolina, passagens aéreas e uma tendência de nova aceleração no preço dos alimentos.
Para a previsão de 2014, os analistas levam em conta o reajuste no grupo dos preços administrados. O governo se esforçou para manter inalteradas as tarifas sobre as quais têm controle para evitar uma alta mais expressiva da inflação. Boa parte delas deve subir neste ano.
Estão nessa categoria a energia elétrica, tarifa de ônibus e combustível. Os três foram contidos por ações do governo no ano passado.


Desconto da contribuição ao INSS nos salários vai mudar em fevereiro

Quando os trabalhadores começarem a receber seus salários em fevereiro, já terão o desconto das novas contribuições ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Na sexta-feira (10), o Ministério da Previdência Social divulgou as novas faixas salariais e as alíquotas de descontos dos salários neste ano. Com a alteração, aumentou o valor máximo do salário a ter o desconto de 8%, que passou de R$ 1.247,70 para R$ 1.317,07.
O desconto do INSS para quem ganha o teto passou de R$ 457,49 para R$ 482,93.
A nova tabela de descontos da contribuição previdenciária muda também os pagamentos dos trabalhadores autônomos e prestadores de serviços, que fazem os recolhimentos por conta própria, pelo carnê, e das empregadas domésticas.
No Estado de São Paulo, os salários das domésticas, seguem o mínimo regional, de R$ 810 neste ano. Por isso, o valor do mínimo que será descontado de seus salários para o INSS, é de R$ 64,80. A alíquota para os patrões continua a mesma, de 12% sobre o salário. Para o piso, eles recolherão R$ 97,20.
TETO
Os trabalhadores com carteira assinada que contribuem pelo teto do INSS também terão um novo desconto. O valor passará a ser de R$ 482,93, pois o teto passou a ser de R$ 4.390, 24.
O autônomo poderá pagar de R$ 144,80 a R$ 875,05 neste ano. Esse mínimo e máximo correspondem a 20% do valor do salário mínimo e do teto. Com esse pagamento, o autônomo tem direito à aposentadoria por tempo de contribuição e por idade, que serão calculadas pela média das 80% maiores contribuições.
Eles também podem pagar 11% do mínimo, para ter a aposentadoria por idade no valor do salário mínimo. (FERNANDA BRIGATTI)

Rússia negocia construção de usinas nucleares no Brasil e na Argentina


Moscou, 13 jan (EFE).- A agência atômica russa, Rosatom, informou nesta segunda-feira que negocia com Brasil e Argentina para a construção de usinas nucleares, e destacou a importância da América Latina para seus planos de futuro.

"Temos um considerável interesse na América Latina. Por exemplo, na Argentina e no Brasil", afirmou Sergei Kiriyenko, chefe da Rosatom, à agência "Interfax".

Kiriyenko destacou que Rosatom mantém "negociações preliminares" com as autoridades brasileiras e argentinas, que ainda não anunciaram oficialmente a licitação para a construção de suas novas usinas atômicas.  A Argentina deve anunciar uma disputa para a construção da sua quarta usina nuclear com 1.800 megawatts de potência, projeto que despertou também interesse de EUA, França, China e Coreia do Sul.

Rússia e Argentina assinaram em 2011 um memorando de cooperação para o uso pacífico da energia nuclear. Com relação ao Brasil, Rosatom expressou seu interesse em participar como construtor e investidor no programa estatal de construção de entre quatro e oito usinas nucleares até 2030. Atualmente, Rosatom constrói ou projeta reatores nucleares na China, Turquia, Belarus, Vietnã e Índia.